ASTROLOGIA PSICOLÓGICA

EGO, SELF, CONSCIÊNCIA, INCONSCIÊNCIA, PERSONA E SOMBRA NO MAPA ASTRAL





Enquanto o Ego se relaciona com a realidade e a identidade, o Self está relacionado a nossa mente consciente e inconsciente e refere-se ao verdadeiro centro da personalidade. 

No mapa astral o ego relaciona-se diretamente com o ascendente, enquanto o Self está ligado ao nosso Sol, a nossa verdadeira personalidade. Porém mercúrio desempenha papel importante pois está também ligado a consciência, já plutão está ligado ao inconsciente. Além disso, em termos de individuação do sujeito, lilith desempenha um importante papel como representação da sombra, assim como o lado sombrio de cada signo solar e ascendente. Em um processo de individuação a evolução tanto do sol quanto do ascendente poderiam estar ligados a aspectos que devem ser integrados a personalidade.  

O ascendente é a imagem que projetamos para o outro, também se refere a persona e é a personalidade do sujeito. O sol a verdadeira personalidade, o si mesmo e a consciência e inconsciência de si mesmo. 

Como Jung já havia estudado a importância da astrologia e das mandalas, ambos tem uma semelhança: São circulares tanto o mapa astrológico como a mandala  representam em si a própria psique. 


Como análise prática, interpretaremos o mapa do próprio Carl Gustav Jung.



Análise do mapa de Carl Gustav Jung: Psiquiatra e Psicólogo, fundador da psicologia analítica





O EGO

Percebemos que Jung tem seu ascendente em Aquário, o que poderia significar que ele passa uma imagem, uma persona de uma pessoa futurista, excêntrica, incomum, porém o peso de saturno no ascendente é quem acaba tomando mais a forma como ele é visto lá fora, muitos o descreviam como uma pessoa séria, inclusive ele mesmo, como visto de certa forma como um "jovem velho", passando uma imagem de uma pessoa disciplinada, mais fechada que é típico de saturno. Portanto, o planeta como o ascendente é que foi moldando a construção de sua personalidade, sua persona e como ela é vista lá fora. E seu ego. 

Esse ego passa por transformações ou evoluções, Se no começo da carreira era mais técnico e mais científico em seus estudos e escritos, ao longo da vida, Jung vai entrando em contato com aspectos mais místicos, como a alquimia, característica de uma evolução aquário- peixes. Então começa Jung a entrar em contato com a alquimia e com a astrologia. 

O SELF

O Self é representado pelo sol, que está em seu signo natural de leão, portanto o sujeito tem aspectos leoninos de expressar quem é e sua criatividade, vivacidade, porém esse sol está conjunto a urano é como se pegasse características aquarianas para si, a consciência do sujeito é voltada para as relações com os outros (casa 7) mas também sobre sua própria individualidade, também demonstra um sujeito que tem uma certa consciência do futuro, não obstante Jung estudou a sincronicidade dos fenômenos, portanto até mesmo o conceito de inconsciente coletivo tem um dedo de seu urano conjunto ao sol e do seu ego/ascendente em aquário. 

Esse sol também vai evoluindo de Leão para virgem, ou seja primeiro o foco esta em mim, na expressão de meus talentos e criatividade até mesmo na individuação do sujeito e depois parte para o servir ao outro, ou seja primeiro eu me lapido e depois eu ajudo a curar o outro, pois virgem é o signo do serviço que eu presto ao outro mas também é o signo da cura do corpo físico, mais interessante ainda já que Jung foi também médico psiquiatra  e depois psicólogo. 

A MENTE CONSCIENTE E INCONSCIENTE

Mercúrio mostra a consciência do sujeito e o signo a forma como essa consciência vem para ele. Um mercúrio em câncer, mostra um padrão mental mais intuitivo e sensível que capta informações por meio de expressões emocionais ou pelo plano emocional, mas também pelo mundo onírico dos sonhos, Jung interpretou sonhos junto com Freud. 

A parte mais inconsciente versa sobre questões da própria comunicação, relação com a mãe e com as próprias emoções, plutão talvez represente nosso inconsciente pessoal, assim como netuno e a lua.

INCONSCIENTE COLETIVO E SOMBRA

Em contrapartida o inconsciente coletivo e a sombra parecem ter relações com a casa 12 e com a lilith.

Jung sofreu um certo grau de incompreensão pela coletividade mais tradicionalista por alguns de seus escritos não parecerem totalmente científicos e acadêmicos, portanto não foi totalmente aceito por muitas de suas ideias o que tem relação com o signo de capricórnio na casa doze, podendo representar onde somos em certo grau inconscientes e onde sofremos com a inconsciência da coletividade. Em nível pessoal poderia representar a inconsciência sobre a figura do pai, já que o regente de capricórnio é saturno, e quando analisamos sua vida, Jung teve uma fase onde  temia a figura de um Deus, portanto existia uma certa inconsciência sobre o simbolismo do arquétipo do pai como uma figura de temor e como moldou de alguma forma seu comportamento. 

Por fim, a lilith como representação da sombra, mas que de alguma forma tem projeções na coletividade, mostra onde projetamos nosso lado mais "sombrio" ou em que área somos vistos predominantemente de forma negativa, com sobreposição dos nossos defeitos em relação as nossas qualidades. Em sagitário, podemos pensar na sombra da personalidade de Jung que tem relações com os lados mais negativos do simbolismo sagitariano, poderíamos então pensar que sua sombra pessoal versaria sobre a arrogância, os excessos, os descuidos, a inflexibilidade e a franqueza excessiva, o que deveria ser trabalhado no sujeito para promover a integração positiva em si como o otimismo, a liberdade, o bom humor, a independência dentre outros aspectos.  Portanto, na sombra teríamos de certa forma tanto as características negativas como positivas.

Em nível de inconsciente coletivo, a lilith pega a casa 11, ou seja no meio do próprio grupo de amigos ele é visto de uma forma mais negativa, isso acontece quando ele rompe com Freud e acaba rompendo com muitos outros que vão contra as suas ideias, pela sua sinceridade (característica sagitariana) em abordar tudo aquilo no qual ele discordava com Freud, essa sinceridade em abordar questões advindas de seus estudos profundos, reflexivos e acadêmicos não foi aceito por Freud e acabou com a parceria entra ambos, mas não só a esse nível, por uma série de pessoas que não valorizaram sua atitude, portanto, ali se projetou a sombra, onde ele não foi "bem visto", mas também é a área onde a pessoa se rebela contra os padrões que lhe são impostos, na casa onze se rebela, se separa dos amigos, vai contra os ideais desses e também da coletividade. 







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